Crítica feita por mim sobre o filme Escola de Solteiras para o trabalho acadêmico da disciplina de Jornalismo Digital, cuja proposta era elaborarmos um site sobre um tema específico e realizar um artigo de opinião para esse veículo.
SITE: Girls in Action (Portal sobre cinema feito por mulheres e para mulheres, que busca repercutir a respeito do protagonismo feminino na Indústria Cinematográfica sob uma perspectiva feminista.)
Crítica: Escola de Solteiras - Estigmas da “solteirice feminina”
Escola de Solteiras da Netflix quebra os paradigmas dos “finais felizes” da grande maioria dos filmes de Comédia Romântica em que a mocinha sempre termina com o mocinho (famosos clichês), revertendo os estigmas que recaem sobre “a solteirice feminina”.
Na trama, Ana (Cassandra Ciangherotti), uma mulher de 30 anos, é deixada por seu namorado depois de muito tempo juntos. Desesperada, ela resolve se inscrever em um curso de mulheres solteiras em busca de um marido. Nesse curso, a coach Luciana (Gabriela de la Garza) ensina a suas alunas, o que elas devem fazer para conquistar os homens, além do jeito ideal de se vestir e se comportar para atraí-los. Segundo Luciana, as mulheres não podem ser muito exigentes.
Todas as mulheres participantes do curso são bem diferentes. Tem a romântica, que já tem até um vestido guardado para seu casamento (mesmo sem o noivo rs), tem a mulher sexy e aquela que só gosta de ficar em casa comendo.
Ocasionando boas risadas, é muito divertido ver os encontros desastrosos que Ana passou durante este tempo, até que ela conhece um rapaz interessante ou em outras palavras, que deu “match”, porém Ana acaba colocando tudo a perder em uma atitude inusitada, provocada pelo seu desespero de ser pedida em casamento.
É a partir dessa situação que parei para refletir e pensei - “CARACA! OLHA O QUE ESSE FILME ESTÁ APRESENTANDO!”. Afinal, devemos pensar o que leva Ana, assim como tantas outras mulheres da vida real, a desejarem tanto se casar e terem tanto medo e receio de ficarem solteiras. A personagem da ficção, assim como muitas mulheres que já conversei sentem essa pressão. A irmã dela mais velha era casada, os pais estavam há anos juntos, no curso, uma das suas colegas foi pedida em casamento e até a prima, pessoa que ela acreditava que fosse impossível, conseguiu arrumar um noivo.
Por fim, é interessante ver como diante de certas situações, Ana vai podendo desmitificar algumas convicções que havia criado sobre o casamento e a expectativa da “vida perfeita” após o matrimônio. Trazendo um final, como dito anteriormente, que foge do convencional para o gênero e diz para nós espectadores, algo como: “Não, não vamos fazer o que grande parte de vocês esperam. Vamos além. Finais felizes nem sempre significam ter alguém, eles podem trazer outras perspectivas e ainda assim, não deixam de ser finais felizes”.
Ficha Técnica
Direção: Luis Javier Henaine
Duração: 1h35
País: México
Ano: 2019
Elenco: Cassandra Ciangherotti, Irán Castillo, Gabriela de la Garza
Gênero: Comédia romântica
Distribuição: Netflix
Por Ana Flávia Paula
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